sábado, 3 de novembro de 2012


Prefácio

Não será nosso objetivo criticar pessoas, crenças, religiões ou doutrinas, mas não iremos nos abster de expressar a nossa opinião pessoal sobre qualquer assunto, segundo o nosso entendimento, dentro do bom senso.

Sabidamente, somos compostos de entendimentos diferenciados, quando pessoas se assemelham ao nosso modo de sentir e entender ao mundo que nos rodeia, então se formam grupos de amizade, onde as pessoas convivem com passividade e entendimentos mútuos. Infelizmente, nosso mundo é formado de mentiras, baseamos nossas crenças no que nos ensinaram na escola e por nossos pais, mas sinto em dizer, podemos estar todos sendo enganados, desde os ancestrais de nossos avós, o engano ocorreria. Pergunto-lhe algo que todos nós queremos saber: Quem é Deus?

Em nossa galáxia existem cerca de 100 BILHÕES de estrelas.
Existem catalogadas (fotograficamente pelos astrônomos), cerca de 100 MILHÕES de galáxias.
Andrômeda, a galáxia mais próxima da nossa, está a cinco MILHÕES de anos-luz de distância.
Há galáxias com cerca de 3 TRILHÕES de estrelas.
Os cientistas calculam que não mapearam nem 1 milésimo do que tem lá fora.
Já foram visualizados objetos cósmicos a cerca de 15 BILHÕES de anos-luz de distância da Terra.

Cálculos teóricos-astrofísicos estimam que há cerca de 10 TRILHÕES de galáxias ainda não observadas.

Pergunto: Diante de tal grandeza inimaginável ao homem, quem pode se dizer detentor de alguma verdade?
Nosso Universo é uma casa de possibilidades infinitas, além do que podemos sequer imaginar em nossos sonhos mais altos.

Não acreditamos em almas gêmeas, também não desacreditamos, mas sabemos que seres que comungam entendimentos no mesmo nível de emoção, podem escolher evoluírem juntos, mas para isso teremos que ter um amor além do que se conhece no físico, um amor de alma, de coração, desprovidos dos sentimentos egoístas que esse "amor terrestre" nos impõe. Quando amamos alguém e somos correspondidos em sentimento, sem acorrentar essa pessoa, sem ter que impor as nossas verdades e domínios e essa pessoa nos amar da mesma maneira, então poderemos dizer, "livres" de qualquer preconceito...eu amo.
"Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção."(Antoine de Saint-Exupéry)

Não confundamos com essa libertinagem rasteira que algumas pessoas querem viver num relacionamento, entendamos amor de alma como a ligação que dois seres possuem ao longo de suas existências, ligados pelos elos do coração e da simpatia, atraindo-se mutuamente ao convívio pacifico e do bem estar recíproco, jamais os deixando impedidos de fraternizar com a sociedade e com as pessoas que necessitam de amparo e compreensão, ao contrário, sentem a necessidade da melhoria fraternal de ambos, pois está embutida em seus corações a necessidade de evolução, sabem que essa só se dá pela fraterna convivência com seus irmãos, estamos então diante de consciências uníssonas na visão do horizonte infinito.

Infelizmente na Terra não se pode viver um amor dessa grandeza, sem sofrermos pedradas, até mesmo deboches, pois isto é incompreensível para alguém que jamais soube amar sem os interesses de gozos passageiros, sem possuir e manipular o outro, sem dominar a própria vontade do outro poder ser como é, sem os interesses materiais que envolvem tais ligações. Impossível para estes, então, entender como duas pessoas possam ligar-se de uma forma espontânea, unindo-se naturalmente como quem sempre houvesse se conhecido durante a vida física.
Por isso, entendemos que plantar num jardim de flores é fácil, mas plantar em Terra árida representa a verdadeira fraternidade.

Não estamos presos aos entendimentos de qualquer religião ou doutrina,  respeitamos todas elas, mas em nosso mundo estamos perdendo a capacidade de amar em qualquer nível. O mundo precisa falar mais em amor, o mundo precisa de união, o mundo precisa não questionar mais, o mundo precisa descobrir que o amor está dentro de cada um de nós, está em todos os entendimentos. É preocupante observar que a maioria dos seres humanos não sabe disso, e os que sabem se deixam levar pela vaidade, pelo endeusamento pessoal beirando a arrogante soberba.

Manipular é próprio dos que se dizem detentores da verdade, mas ao descobrirem a grandeza do nosso universo, verão que todos somos deuses, filhos da criação, pois habitamos corpos de uma matéria divina densificada. Somos a energia que fluiu de algo incompreensível para a nossa mente, chamamos esse "algo" de Deus.
Somos UM...Aprenderemos a falar no "nós" e não no "eu", caminhamos para a coletividade, mas sempre com amor, em níveis diferenciados de entendimentos e aceitação, por isso devemos respeito aos entendimentos vocacionais de povos distantes de nós. Há povos na face da Terra que não acreditam num Deus, mas nem por isso deixam de amar, apenas foram desenvolvidos sob uma cultura diferente da nossa, mas o homem ocidental quer que o universo se dobre ao seu entendimento, não respeita o irmão que acredita noutra crença, não respeita povos que não falam o idioma que lhes é compreensível, ganham poderes bélicos, matam com o direito dos deuses canibais. Não vêem a ótica oposta, como quem determina o certo e o errado.

Assim sem norte divino, sem entender que vivemos uma experiência terrestre passageira, sem notar que o inimigo de hoje também é nosso irmão, que amanhã poderemos estar ao seu lado sob a lei cármica que nos corrige em nossas falhas, vamos vivendo num mundo de interesses, falsidades e desesperos, vivemos para comer, dormir, comprar...numa sequência deprimente duma rotina inútil.

Convidamos você a amar, seja da forma que você entenda e aceite, experimente o fraterno, experimente o amor romântico, experimente o amor duma amizade...experimente o amor. Experimente o caminho da luz, o caminho do ser que acorda para as estrelas, pois só o amor nos fará despertar desse sono desprezível ao qual fomos postos sob o hipnotismo da ganância pelo poder de antigos sacerdotes das verdades finais. Não se isole de nada do mundo, viva como você sabe viver, mas desperte a sua visão da alma eterna que está voltando para a casa do Pai. A noite não se faz dia num súbito...o sol vem mansamente nos iluminar, ao acordarmos o dia estará lá...nos esperando.

Não há "verdades" a serem ditas aqui, pois vivemos numa realidade mutável de entendimentos múltiplos...mas viajemos nos sentimentos e nas reflexões do coração e da alma, livres e sem preconceitos quaisquer, sempre dentro do bom senso e respeito ao próximo.


Vamos deixar a poesia nos envolver em sentimentos, vamos falar do que aprendemos, do que sentimos, em verso, em prosa...mas colocando a razão e o amor, não necessariamente nessa ordem e nem em medidas iguais, mas sempre com amor.

Ghost

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Fé de Albert Einstein

   “A opinião comum de que sou ateu repousa sobre grave erro. Quem a pretende deduzir de minhas teorias científicas não as entendeu.
        Creio em um Deus pessoal e posso dizer que, nunca, em minha vida, cedi a uma ideologia atéia.
        Não há oposição entre a ciência e a religião. Apenas há cientistas atrasados, que professam idéias que datam de 1880.
        Aos dezoito anos, eu já considerava as teorias sobre o evolucionismo mecanicista e casualista como irremediavelmente antiquadas. No interior do átomo não reinam a harmonia e a regularidade que estes cientistas costumam pressupor. Nele se depreendem apenas leis prováveis, formuladas na base de estatísticas reformáveis. Ora, essa indeterminação, no plano da matéria, abre lugar à intervenção de uma causa, que produza o equilíbrio e a harmonia dessas reações dessemelhantes e contraditórias da matéria.
        Há, porém, várias maneiras de se representar Deus.
Alguns o representam como o Deus mecânico, que intervém no mundo para modificar as leis da natureza e o curso dos acontecimentos. Querem pô-lo a seu serviço, por meio de fórmulas mágicas. É o Deus de certos primitivos, antigos ou modernos.
Outros o representam como o Deus jurídico, legislador e agente policial da moralidade, que impõe o medo e estabelece distâncias.
Outros, enfim, como o Deus interior, que dirige por dentro todas as coisas e que se revela aos homens no mais íntimo da consciência.” 

       “A mais bela e profunda emoção que se pode experimentar é a sensação do místico. Este é o semeador da verdadeira ciência. Aquele a quem seja estranha tal sensação, aquele que não mais possa devanear e ser empolgado pelo encantamento, não passa, em verdade, de um morto.
        Saber que realmente existe aquilo que é impenetrável a nós, e que se manifesta como a mais alta das sabedorias e a mais radiosa das belezas, que as nossas faculdades embotadas só podem entender em suas formas mais primitivas, esse conhecimento, esse sentimento está no centro mesmo da verdadeira religiosidade.
        A experiência cósmica religiosa é a mais forte e a mais nobre fonte de pesquisa científica.
        Minha religião consiste em humilde admiração do espírito superior e ilimitado que se revela nos menores detalhes que podemos perceber em nossos espíritos frágeis e incertos. Essa convicção, profundamente emocional, na presença de um poder racionalmente superior, que se revela no incompreensível universo, é a idéia que faço de Deus.”

ALBERT  EINSTEIN (1879-1955)


(colaboração de: Ronney Robson d'Avila Mendes )



yennor@ibest.com.br

         Extraído do livro AS MAIS BELAS ORAÇÕES DE TODOS OS TEMPOS, cuja coleção e tradução foram de Rose Marie Muraro e frei Raimundo Cintra (organizadores); editora José Olympio, 166 p.. Parece-me que a reedição do livro foi feita pela editora Pensamento.
        Em 1921, quando perguntado pelo rabino H. Goldstein, de New York, se acreditava em Deus, Albert Einstein, físico alemão de origem judaica, que dispensa apresentações, respondeu: "Acredito no Deus de Spinoza, que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, e não no Deus que se interessa pela sorte e pelas ações dos homens".(*)
        Nessa mesma ocasião, muitos líderes religiosos diziam que a teoria da relatividade "encobre com um manto o horrível fantasma do ateísmo, e obscurece especulações, produzindo uma dúvida universal sobre Deus e sua criação" (**).  Tese discordante integralmente, pois Einstein confessou a um assistente que no fundo seu único interesse era descobrir se no instante da criação Deus teve escolha de fazer um universo diferente e, caso tenha tido opção, por que é que decidiu criar esse universo singular que conhecemos e não outro qualquer?
        Dizia ainda, "Minha religião consiste em humilde admiração do espírito superior e ilimitado que se revela nos menores detalhes que podemos perceber em nossos espíritos frágeis e incertos. Essa convicção, profundamente emocional na presença de um poder racionalmente superior, que se revela no incompreensível universo, é a idéia que faço de Deus" (***)

(*)     Citado em Golgher, I. O Universo Físico e humano e Albert Einstein, B.H: Oficina de Livros, 1991, p. 304
(**)   Citado em Idem, ibidem, pp 304-305.
(***) Albert Einstein. Extraído do livro "As mais belas orações de todos os tempos".