sábado, 24 de novembro de 2012

Iandê Rudá



Iandê Rudá


Sagrado pai, em mim habitas
És todo o meu eu ou sou parte do um que és?

Tenho aprendido muito nessas experiências em que estou
São muitas vidas, o que queres mais?

Me fizestes um cacique guerreiro
Mas como quem ri de si, me tornaste um menino brincalhão

Inocente como um cãozinho doméstico
Bravo como um guerreiro que guarda o sol no coração

Me fizeste saudar a natureza
Hoje sou parte da ignorância que a destrói

Porque essa mente cósmica em mim?
Me sinto um estranho no meio de um nada

Recordo a tribo do arco e flecha que caçava para sobreviver
Abençoando a vida sagrada que me alimentava

Hoje penso no ar como energia da vida
Me deste amparo nas horas de ir
Aprendi com antigos sábios da natureza
Olhava o sol como Deus
Hoje vejo que és tudo...

Mas em meio duma cultura que se acha maior
Vejo meus irmãos se aniquilarem, sem amor

Fui assassinado pelas mãos da selvageria de outrora
Mas meu coração aprendeu o amor maior
Tento entender essa experiência, vejo que tudo é certo
As dores de meu coração, são as portas que se abrem para a ascensão 
Só reconhecido pela alma que me ama há muitas eras, que não viu o manto...mas meu coração

Me dá mais amor, mais sabedoria, nessa tribo humana dos canhões e das bombas
Assim poderei ser o guerreiro que amava a natureza e o menino que sorri para o céu, te procurando...

Ghost


Iandê Rudá - Indigena - nosso Deus de amor