sábado, 28 de junho de 2014

Barquinho de Papel


Vultos me assombram,
Medo?!...depressão ou somente sentimento de solidão?!
De que adianta chutar as flores?!...que culpa elas guardam?

Eu deveria ter pensado duas vezes antes de deixar vc ir...
Deveria ter insistido mais, talvez ter calado no momento de falar o que sentia por dentro.

Por todas as coisas que nos faziam sofrer, foi uma gota que transbordou o copo. Nada me restou...senão o silêncio, talvez teu carinho seja maior que as mágoas...talvez eu amanheça com vc ao meu lado...talvez eu não tenha que culpar as paredes ou abrir a porta trinta vezes para ver se você está vindo.

O pior é não ter o que falar pra você...de certa forma o silêncio me conforta, mas também me tortura, me deixo então na espera, no tempo, na noite, olhando uma vidraça molhada, ouvindo o silêncio da noite, os pingos da chuva...

Deveria ter lhe falado que não estava bem, mas que culpa você tinha dos meus problemas?! Um começa, o outro responde...e sem perceber ficam feridas a serem fechadas.

Mas tudo serviu para que eu saiba quem sou e quem você é pra mim...só sei que a amo.

Se eu pudesse lhe falar algo agora, lhe diria somente: "até nas flores há espinhos, mas não isola o encanto e o perfume que elas exalam."

Já não tenho mais espelhos, nem flores...estou tentando matar o amor em mim...tentando fazer aparecer o sol no meio da noite, vendo estrelas a luz do dia, tentando descobrir quem é Deus!!!

Enfim...chove no silêncio, e eu desmanchando como um barquinho de papel!!!

Ghost

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Biyi



E num súbito, desperto em consciência, e me vejo estranho numa dimensão de ilusões e egos: o indivíduo é tudo aqui, a luz é esquecida...


Vejo que está tudo aos pedaços, desorganizado aparentemente, vou andando, procurando o lar...que lar?!

Então sou perseguido, sofro preconceitos e ataques.
As balas surgem de todos os lados, não entendo, mas preciso me esconder, de mim mesmo restou só o silêncio, numa casa vazia e cercada  por formas da ilusão, que tentam me acorrentar.

Só busco sossego, quero voltar...como?! estou preso.

Me isolo, buscando silêncio,  é um erro...deveria agir como todos que dormem!

Quem são essas estranhas criaturas?! Vindos da mesma fonte...esqueceram, esqueceram...

Correr não funciona, esconder-se não resolve.
Então me volto para dentro de mim, então sei que sou milhões. Isolo egos e balas, me torno apenas consciência, blindada, mas um pássaro numa gaiola...batendo asas!!!

Ainda não estou pronto...preciso  aprender mais!!!

Voar é a meta...horizontes sem fim nos esperam...ao tempo do despertar!

Cansado...preciso dormir.

Ghost
*Biyi = nascido aqui, agora na língua yorubá.